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There's something about Maria & João :o)
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Os gostos televisivos da Maria têm muito que se lhe diga (ou não, que ela não é assim muito fã), mas não é disso que vou falar agora. É a forma como vê televisão que me fascina. Porque é exactamente igual à minha, i.e. começa sentada, dois minutos depois muda de posição (que troca e muda e troca outra vez) e acaba invariavelmente espojada em cima de outra pessoa (se não existir pessoa, é no sofá). A isto eu chamo genética.
Genética 1 i.e. Sentadinha (e aqui vê-se como está grande!):
Genética 2 i.e. A escorregar...
Genética 3 i.e. Espojada!
A tia Preta veio cá hoje, ainda estava eu em convalescença, para visitar a Maria e trazer-lhe uma surpresa: uma boneca toda gira com o mesmo nome. Diz a tia Preta que quis vir matar saudades antes das férias (mas ainda queremos praia na Falésia juntas, tia Preta!).
Quando chegou, a Maria olhou a tia Preta com alguma vergonha, mas logo lhe deu um beijinho e começou a brincar com ela. A tia Preta ofereceu a boneca, fez festinhas ao "bebé" e viu alguns livros com a Maria. A Maria estava toda contente e andava de um lado para o outro (meia instável porque já estava de babygrow e escorregava) a buscar brinquedos, bolas e livros.
Mais tarde, pouco antes da tia sair, a Mary ainda ficou sentadinha no sofá, qual menina crescida, a ver os desenhos animados no Panda. Mas claro que junto dos adultos. A tia Preta estava muito impressionada com as palavras que a Maria diz, com os seus caracóis, com a beijoquice pegada e com a pancada pelos cartões. Achou a Maria muito gira e crescida !
E depois foi tempo de ir dizer adeus à tia Preta, que teve direito a mais uma beijoca repenicada.
Imagens giras da Maria no serão com a tia:
Com a boneca nova, a "Maria" (tem escrito no vestido) - "Não tem fralda?"
A apertar o bebé ("é meu!" disse ela)
A ver um livro com a tia Preta
Abracinho bom à tia Preta!
15 meses... Eu adoro o número 15 (é o dia dos meus anos) e adoro estes 15 meses dela. A Maria está a desenvolver-se a uma velocidade espantosa. Derrete-nos com beijinhos e (muitas) palavras, doces e engraçadas. Anda pela casa toda. Ri imenso . Numa casa ainda vazia de memórias, a Maria enche-a todos os dias. Aos 15 meses, a Maria:
e tem expressões deliciosas como:
E agora que vamos entrar de férias (falta pouco) vamos tê-la só para nós, todo o dia, todos os dias. Imagino, por isso, que o post dos 16 meses fale em montes de coisas fenomenais mas também em muito (demasiado!) mimo. Mas e quem resiste a esta carinha?
Não foi nas melhores circunstâncias, mas teve a melhor das recepções. Devido aos sintomas da DMPB, a Maria estava com muita falta de apetite (pelas dores causadas pela deglutição).
Assim, a médica receitou coisas frescas e molinhas, fáceis de engolir. Iogurtes e gelado foram os tratamentos mais bem aceites pela Maria. Os iogurtes são os habituais da Alpro (soja), mas o primeiro gelado teve mesmo de ser de leite (de vaca), e foi logo da Ben&Jerry's! O eleito foi o Caramel Chew Chew (era o que tínhamos em casa) e, se a Maria provou a medo a primeira colher, depois foi "uma limpeza". Ao fim de umas poucas colheres, estávamos os 3 num silêncio calmo e diz ela, muito suave mas claramente:
- Tão booom!
(é mesmo gira a minha filha... gulosa e explicadinha)
O primeiro:
Imagem retirada da net
Pois que a febre de sexta-feira da Maria anunciava não uma constipação de Verão, não uma otite (sinal + para a vacina so far), mas o início de uma virose muito especial. Vá lá que a febre desceu rapidamente e andou baixinha 2 dias, mas entretanto (para além da disposição andar nas ruas da amargura) a Maria começou a perder o apetite e a apresentar umas borbulhinhas pequeninas ao pé da boca e no peito.
A decisão de a levar às urgências pediátricas (já tinha falado com o pediatra dela) chegou às 4 da manhã de domingo quando acordou com dores e nada a parecia acalmar .
Nas urgências a médica declarou ser DMPB - Doença Mão-Pé-Boca, vírus que afecta principalmente (olha o factor surpresa!) as mãos, os pés e a boca dos doentes (ficam com pequenas borbulhas/ aftas). Doentes esses que são, na sua esmagadora maioria, crianças (que apanham o vírus nas creches). Não é uma virose grave, no sentido em que normalmente passa em 3 ou 4 dias sem deixar estragos e sem terapêutica associada, mas chateia. Até porque as aftas da boca impedem uma boa deglutição e causam ardor, o que incomoda muito as crianças.
Saímos do Hospital dos Lusíadas com uma receita de 2 medicamentos, mas apenas para aliviar os sintomas (ajudar a diminuir o ardor na boca) já que não os há para curar a DMPB directamente.
A Maria passou o domingo inteiro a leite, iogurtes e gelado (a conselho da médica e porque não queria nada quente/ sólido), e na 2ª e 3ª feira também fez uma dieta com coisas mais passadas e frescas.
Ainda na 3ª feira foi vista pelo seu pediatra (tinha a consulta dos 15 meses marcada - terá post próprio), que a deu como "quase recuperada" da coisa.
Hoje, 4ªfeira, já está francamente bem, age e come normalmente. A única chatice é mesmo o facto das borbulhinhas não terem desaparecido por completo (demora um tempo). Apesar de termos declaração médica, acho que amanhã na creche são capazes de a olhar de lado...
Uma imagem das pernas atacadas de pintas (os pés estavam uma desgraça mas aqui não se nota):
Ah, e lembrei-me de outra coisa chata da DMPB: também se pega a adultos, nomeadamente a mães . Ou seja, bolas que também a apanhei (mas a mim sem as borbulhinhas, foram "só" 2 dias de febre e dores de garganta)!
A semana que passou foi estranhamente má para um período que se queria de novos inícios. A mudança de casa oficial - e real - estava prevista para 6ª feira, dia 22. E mesmo com todas as chatices associadas às obras inacabadas , eu até estava com grande vontade de estrear a nossa nova casinha.
Pois acontece que, em primeiro lugar, foi uma semana de imenso trabalho, quer para mim quer para o Bruno. A não dar para grandes avarias horárias e sempre pendentes de alguma reunião. Com os meus pais fora em viagem (e que bem que eles estão), o que tira sempre flexibilidade às rotinas marianas. E na 4ª feira morre a Vóvóquica, sendo que 5ª feira passamos grande parte do dia no velório sem cabeça para outras coisas (Maria não foi, claro, a Lucrécia ficou com ela).
Chegamos a 6ª feira, dia da mudança prevista, com muito pouca coisa feita e planos para tentar mudar tudo depois do funeral. São 2 e meia da tarde e recebo 2 telefonemas:
Pois foi o tempo de pedir à Lucrécia para "voar" até casa dos meus pais, Bruno foi buscar a Maria (chochinha) e lá zarpámos para a igreja. Voltámos ainda cedo (ainda que aquela tenha sido uma hora muito longa) e, aproveitando o facto de a Maria estar a dormir, começámos a mudar tralhas, essencialmente as roupas e objectos do dia-a-dia. Contamos com a ajuda da tia Nafi, mas a L. liga-nos pouco depois, porque a Maria está quente e chorosa . Regressamos a casa (eu e a Nafi, já que - só para ainda dar mais jeito - o Bruno tinha consulta de emergência no dentista) e damos um banho morno e um jantar antecipado à Maria. Melhora ligeiramente, mas nada que me encorage a sair com ela para uma "nova" cama numa nova casa.
É, assim, no sábado de manhã, que arrastamos o resto das coisas para a nova morada. A Maria continua em baixo, rabugenta, e até chamamos o padrinho para ajudar a entretê-la (ele tem imensa paciência) enquanto nos orientamos a fazer camas e a organizar a mercearia. Nos entretantos, a máquina de lavar roupa começa a enlouquecer e a dançar - era só o que nos faltava, com tantas cargas de roupa para fazer!
E a Maria, apesar de ter a febre já muito mais baixa, começa a mostrar umas borbulhinhas suspeitas na boca e nariz, e algumas no peito. E continua chatinha. Padrinho sai ao fim da tarde, bastante cansado.
Optimistas, eu e o Bruno ainda jantamos com a Maria à mesa e até fazemos um brinde à casa nova (nós brindámos com copos e a Maria com o nariz). Mas a primeira noite na casa nova não estava destinada a ser fantástica: depois de muito choro (Maria) e muitos resmungos (meus), rumamos aos Lusíadas às 4 da manhã.
Voltamos com um diagnóstico (ver post seguinte), uma dose extra de cansaço e muito sono, que por muito boa que seja a nossa cama (que saudades!), sem tempo não podemos pôr em dia. E portanto, a primeira noite (e dia) na casa nova foi bastante menos que um sucesso. Mas vejamos as coisas pelo lado positivo: a partir de aqui, é sempre a melhorar !
Hoje perdemos a matriarca da família. A nossa Vóvóquica partiu de manhãzinha, cremos que enquanto dormia. A avó (e mãe e bis e tris!) de toda uma enorme família teve uma vida longa e cheia, com aventuras, viagens, provações e alegrias, momentos bons e menos bons, e com uma família unida à sua volta. Nos últimos anos, e particularmente, meses, o corpo traiu a sua independência, mas a ginástica mental, essa, esteve presente até ao fim. Bem como a sua imensa vontade de viver.
A avó Quicas nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo) a 7 de Maio de 1914. Apesar de ter sofrido a perda do pai ainda bebé, uma mãe cheia de força e um irmão muito amigo proporcionaram-lhe uma infância que recordava como "um tempo imensamente feliz". Em criança, gostava de nadar, subir às árvores e regalar-se com mangas e goiabas. Era mimada e traquina. Gostava de aprender e era muito boa aluna, pelo que quando percebeu que não poderia prosseguir estudos porque só havia dinheiro para o irmão (como homem da família), ficou muito triste. Veio então para Lisboa onde tirou o curso de secretariado. Tinha 12 anos de idade.
Um ano depois, com o curso terminado e umas lições complementares de Francês e Inglês, foi a candidata seleccionada para secretária da Direcção dos serviços aduaneiros de Lourenço Marques. Apesar da tenra idade, era a melhor, e o seu vencimento deu para pagar os estudos do irmão em Lisboa e ainda para auxiliar com as despesas da casa.
É ainda importante (para a minha avó Quicas, muuuito importante!) referir como a avó era, já nesta idade, uma figura feminina muito alta, bonita e elegante. Calçava sapatos de salto alto e vestia de acordo com a moda. Vejo as fotografias e era, de facto, muito bonita. E foi nesta altura que conheceu o meu (bis)avô. Ficaram noivos e casaram no dia 8 de Junho de 1930, tinha a minha avó 16 anos.
Dada a profissão do meu avô, ficaram colocados em Porto Amélia, uma pequena cidade portuária no extremo Norte de Moçambique. Moravam numa casa num palmar, rodeados pelas areias de praias magníficas. Tinham como hobby a fotografia e revelavam as imagens numa câmara escura improvisada, na sua própria casa. Eram jovens, livres e felizes.
Tiveram 2 filhas, a minha avó (Maria Isabel) e a minha tia Catucha (Maria Manuela). A minha (bis)avó adorava as filhas e mimava-as com imensa ternura, embora estas tivessem (tenham ainda!) personalidades muito diferentes, e uma era muito mais dada a mimos que a outra. Mas ambas afirmam ter crescido muito felizes, numa África cheia de sol, mar e espaço, com disciplina apertada, mas com muito amor dos pais.
A família veio para Lisboa em 1949 e foi um choque para todos, uma vez que os "africanistas" eram encarnados como gente estranha, que tinha o hábito de tomar banho e mudar de roupa todos os dias e tinha necessidade de abrir as janelas todas de par em par.
Ainda que tenham imposto regras rígidas às filhas (mas também, eu acho que são ambas mulheres nascidas antes de tempo!), gosto de pensar que eram pessoas com uma visão e um amor tão grande que permitiram, naquela altura, que as filhas tirassem cursos superiores. A minha avó formou-se em Arquitectura e a minha tia em Medicina. Eram das pouquíssimas mulheres a frequentar cursos dominados por homens. E os meus bis(avós), estou certa, sentiam imenso orgulho nelas.
O meu (bis)avô morreu cedo (estava na casa dos cinquenta) e, se bem que conhecia a realidade da sua doença, que lhe limitava o tempo de vida, manteve segredo disso para poupar a minha avó, pelo amor que lhe tinha. Enfrentou o fim com coragem e dignidade, e para a minha avó foi o desgosto da sua vida. Ficou viúva com muitos anos ainda para viver. E viveu-os, quero crer, com muita garra e muito gosto.
Não cheguei a conhecer o meu bis(avô), mas Deus deu-me o privilégio de 31 anos com a minha bisavó, e pouca gente deve poder dizer o mesmo. Não posso dizer que a avó Quicas não tinha defeitos, claro, todos temos. Era muito vaidosa, e muito teimosa. Não saía de casa sem estar impecavelmente penteada e com o tom certo de batom. Tinha consciência da sua imagem, orgulhosa de ser uma grande senhora, e preocupava-se em parecer bem para estar bem. Isto manteve-se praticamente até ao fim. Quanto à teimosia, era vê-la a discutir opiniões com a filha mais velha, a minha avó, a ver quem cedia primeiro: nenhuma. Mas apertava os lábios (gesto característico herdado pela minha mãe) e ficava na sua. Também era muito gulosa, e apesar de dizer que ficava bem com apenas "uma coisinha leve" tirava verdadeiro prazer de uma bela refeição, ou de um docinho.
Mas mais do que estas características (que são defeitos pequeninos, na verdade), a avó Quicas tinha muito mais qualidades. Para a minha mãe (e meus tios, claro) era uma avó carinhosa, muito presente, que esteve sempre lá, nos momentos importantes das suas vidas. Mesmo o meu pai, que a conheceu já homem (quando começou a namorar com a minha mãe), nutria por ela um carinho imenso. Ele brincava constantemente com a Vóvóquica, e repetia-lhe muitas vezes a frase que lhe ouvira no dia em que a conhecera "É, então, este, o moço da Isabelinha?".
Para mim, a figura da avó Quicas é, mais do que a figura de avó (que tenho duas óptimas que me encheram de amor), a de uma mulher muito segura, inteligente, e com uma enorme, imensa, inesgotável vontade de viver. Se calhar até mais do que o carinho, eu sentia (sinto!) por ela muita admiração. E se para algumas pessoas isto até pode parecer esquisito, tenho a certeza que a avó Quicas iria gostar.
E é isto, como pedaço dela que sou, que tenho tentado incorporar no meu dia-a-dia e que vou tentar passar também à Maria. Viver é bom, é muito bom, e há que aproveitar a vida com muito gozo, muito prazer. Gostando de nós. A cada dia. Todos os dias.
Avó Quicas, muito obrigada por tudo. Infelizmente, a Maria teve apenas este ano para partilhar consigo, mas só o facto de a ter conhecido é uma alegria para mim. E pode crer que a Maria a irá conhecer melhor, enquanto cresce, na medida das histórias que deixou escritas, e das memórias que gravou para sempre nos corações daqueles que (muito) a amam.
Até um dia (daqui a muitos anos, espero, que eu também quero pelo menos 97 dos bons aqui!)!
Ontem, logo pela manhã, eu e o Bruno fomos falar com a futura educadora da Maria, a M. (que a vai acompanhar nas salas do 1 e 2 anos).
Na escola da Maria, as educadoras que estão no berçário recebem todos os novos bebés a cada ano, pelo que não vão seguir com a Maria para o ano. Há 2 educadoras que recebem os meninos nas salas de 1 ano (2 salas de 10 crianças cada) e os acompanham também nas salas dos 2 anos (pelo que nestes 2 próximos anos de creche a Maria vai ter a mesma educadora). E depois quando passam para o infantário há novas educadoras, que acompanham as crianças pelas salas dos 3, 4 e 5 anos.
É uma pena que a Maria deixe de conviver diariamente com a L. (que acredito ter uma certa predilecção pela Maria - nas fotos escolares então é sempre apanhada com a Maria ao colo) e com a O., que são 2 pessoas amorosas, pacientes, que sabem distribuir mimo e disciplina com a dose certa.
Mas! A M. parece ser uma pessoa simpática e prática e, coincidência gira, era da turma do lado quando eu andava no liceu ! Aliás, foi por aí que começou a nossa conversa, com a M. a perguntar-me de onde é que nos conhecíamos (eu também me lembrava da cara dela de qualquer lado...). Foi portanto um início de reunião muito mais "familiar" que o previsto e deu o mote para uma reunião leve e descontraída, em que muito falámos da Maria. E se há coisa da qual eu consigo falar claramente é da personalidade e hábitos da minha filha (basta visualizar mentalmente os posts dos "mesários" dela no blog).
Pontos principais enunciados por nós, pais:
Pontos essenciais enunciados pela M.:
Outros factos interessantes (giros e menos giros):
E foi assim. Saí da reunião com um sorriso parvo, feliz, mas sem nenhuma razão concreta. Talvez apenas porque ache que a Maria está bem entregue ali .
Agora há que fazer um balanço deste primeiro ano escolar, mas lá chegaremos (que este post já vai longo!).
Depois de muitos quase-quase, aos 14 meses e meio, a Maria anda finalmente sem medos nem reservas (i.e., com poucas) .
É verdade que ainda gatinha de vez em quando, mas já parece apreciar a verticalidade na maior parte das vezes. Também é verdade que anda quase sempre com alguma coisa nas mãos (não sei se por uma questão de equilíbrio) e que se atira de rabo ao chão quando sente que o caminho se torna longo demais. Mas anda. Sozinha.
O grande salto (de aprendizagem, que isto da mobilidade é aos poucos) deu-se no sábado, quando esteve com a Lucrécia. O pai veio almoçar a casa e foi surpreendido: a Lucrécia diz à Maria: "De pé. Anda." e a Maria levanta-se sozinha e dá uns 4 ou 5 passos até ao pai. O mesmo testemunhei eu quando cheguei a casa, de tarde. Ora se é verdade que a Maria já dava uns quantos passos sozinha antes, foi a partir desse dia que os passos se tornaram a rotina e não a excepção. 9 de Julho de 2011: a partir de agora ninguém pára a Maria!
Claro que esta expressão é muito literal. Pois com a liberdade dos passos vem um mundo de oportunidades para a asneira . Não é demais lembrar e relembrar que precisamos de 1000 olhos em cima da Maria. E aqui está ela, apanhada na cozinha da avó, a mexer na máquina de lavar roupa. Sempre cusca, sempre traquina, sempre sorridente, e agora, tudo isso a andar:
No sábado passado, a Maria passou o dia quase todo na companhia da Lucrécia . E porquê?
Porque estamos na fase final das obras da casa nova (mais ou menos), e quisemos dar a primeira limpeza geral nas divisões. Assim, e para a Maria ficar resguardada de cheiros e pós, e poder brincar à vontade, pedimos à Lucrécia que viesse tomar conta dela em casa dos avós (que estavam no Algarve).
Ora, não sei bem porquê mas parece que eu consigo sempre arranjar maneira de me livrar de trabalhos domésticos , pelo que estive todo o dia numa sessão de trabalho (obrigatória) na UCP.
Mas como temos uns amigos (e irmão) fantásticos, o Bruno não ficou sozinho. Munidos de luvas, panos, vários detergentes, e de muito espírito, o Carlitos, a tia Preta e os tios Fufs deitaram mãos à obra e ajudaram a limpar a maior parte da porcaria que cobria a nossa casa (a que não saiu foi a que o carpinteiro deixou, mas isso fica para outros fóruns).
Quando acabou o meu dia de trabalho, passei pela casa nova (com o tio CB, que esteve comigo na sessão), mas rapidamente deixei os tarefeiros entregues às suas actividades (PB e Carlitos nos vidros, tia Preta no quarto da Maria, tia Fuf na suite e Bruno nos armários) para regressar a casa dos avós e à Maria. Dei-lhe banho, o jantar (entretanto a L. foi embora) e depois estivemos a brincar na sala até a malta trabalhadora aparecer, de rastos. Quem não estava nada de rastos era a Maria, que ficou absolutamente encantada por ver os tios e soltava gritos de felicidade. Embora já meia tonta de sono, ainda ensaiou uns passos com as tias e participou alegremente no jantar, tendo inclusive aprendido a palavra "pizza" (aprendeu a fonética, mas não o sabor!). Por alturas da sobremesa, o pai adormeceu-a quase instantaneamente (tal o cansaço).
Nós ainda ficámos um bom pedaço à conversa, isto apesar de todos estarem estoirados de tanto lavar e esfregar. De adiantar que a limpeza permitiu identificar todo o pormenor não conforme que a casa nova tem (e que basicamente foi o tema central do jantar). Já passava da meia-noite quando todos saíram. Eu e o Bruno estávamos bastante desanimados com os problemas da casa, mas pelo menos... temos amigos assim. Obrigada .
Maria animadíssima ao jantar:
Por acaso, até calhou bem o jantar da tia emigra Patins ter sido alterado à última hora. Era ver esta gente trabalhadora a sair directamente das lixívias para o restaurante pseudo-chic!
Sempre que as crianças fazem uma conquista é uma v...
Que doçura de blog! Parecem muito felizes!
OláA procura de sítiio onde ficar no algarve ,enco...
Este blog encerrou e não avisaste os teus leitores...
Fica prometido!Beijinhos e saudades,MIF